Documento sem título
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Documento sem título
Palavra do Presidente
Histórico
Certidão Sindical
Categorias
Missão
Base Territorial
Data Base
Editais
 
Serviços
Homologação
Documentos para Homologação
Endereços para homologar
Central de Atendimento
 
Cadastre-se (Empregado)
Balcão de Empregos
Ben + Familiar
Brasil Med Saúde Prev
Benefícios
Sorteios
Dia das Crianças
Material Escolar
Galeria de Fotos
Notícias
Informativos
 
Cadastre-se
Comunicados
Contribuições
Convenções e Acordos
PLR
 
Sedes
Fale Conosco
Disque Denúncia
 
 
 
NOTÍCIAS
 
Notícia - Falta de mão de obra vai além da qualificação 07/07/2025
Falta de mão de obra vai além da qualificação

A escassez de mão de obra envolve fatores econômicos, demográficos e culturais que vêm se alterando ao longo dos últimos anos. Este desafio, que não é uma exclusividade brasileira, foi debatido por representantes do Senai-SP na reunião do Conselho Superior de Relações do Trabalho (Cort) da Fiesp, realizada na quarta-feira (18/6) sob o comando de sua presidente, Maria Cristina Mattioli.

Antes de apresentar dados de pesquisa recente sobre a falta de mão de obra, o diretor regional do Senai-SP, Ricardo Terra, reforçou que a entidade não apenas trabalha no ensino profissionalizante, mas tem o objetivo de transformar o setor industrial.

“Atuamos não só na formação profissional, mas também em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Hoje temos cerca de 1.500 pesquisadores, incluindo mestres e doutores, trabalhando em projetos de alta complexidade, o que nos credencia como uma instituição científica e tecnológica reconhecida no país”, afirmou.

Qualificar não é suficiente – Para falar sobre as dificuldades de contratação na indústria, Terra convidou o gerente de Relações com o Mercado do Senai-SP, Marcello Souza. Ele apresentou dados sobre a escassez de trabalhadores no estado de São Paulo e no país, algo que vai muito além da qualificação. “Somente qualificar pessoas não é suficiente para resolver o problema, porque ele tem múltiplos fatores. Não existe uma bala de prata que vá resolver isso”, afirmou Souza.

Os dados apresentados mostram que, na indústria de transformação, 76,8% das empresas têm dificuldades para contratar trabalhadores, cenário que se agrava na construção civil, em que esse percentual chega a 82,4%. No comércio, o índice é de 77,3%. Nos serviços, 76,5%. “Esse não é um problema regional, mas global. O mundo todo enfrenta uma dificuldade crescente para preencher vagas”, destacou o gerente.

Entre os principais fatores apontados pela pesquisa estão as mudanças demográficas. A participação da população na força de trabalho, que era de 66% em março de 2019, caiu para 63% em setembro de 2024 e não voltou aos níveis pré-pandemia. Além disso, há o saldo migratório negativo no estado de São Paulo. Entre 2010 e 2022, quase 170 mil pessoas deixaram o estado, aprofundando a escassez de trabalhadores.

O envelhecimento da população é outro agravante. “O Brasil perdeu seu bônus demográfico e São Paulo é o local onde essa inversão da pirâmide etária está mais avançada”, explicou ele. Em 2022, 78% da população paulista estava em idade ativa. Em 2050, esse número deverá cair para 66%, reduzindo ainda mais a oferta de trabalhadores disponíveis.

Desinteresse dos jovens e informalidade crescente – Além disso, a indústria perdeu atratividade. A participação de jovens no setor caiu 26% entre 2006 e 2024. A indústria de transformação foi ultrapassada pelo comércio e pelo setor de serviços. “A indústria passou a competir com outros setores, e o salário de admissão no setor se aproximou muito do salário do setor de serviços, que teve um avanço maior”, observou Souza.

O desafio é ainda mais grave quando se observa a expansão da informalidade. Em 2015, cerca de 19% da economia paulista era informal. Esse índice subiu para 31% em 2024. Ao fazer o recorte na construção civil, a informalidade atinge impressionantes 71%. “Os salários médios da informalidade cresceram mais rapidamente que os do mercado formal. Na construção, por exemplo, a renda informal já supera a formal”, apontou.

Outro vetor relevante é o crescimento do número de microempreendedores individuais (MEIs). Atualmente, de acordo com a pesquisa, há 4,47 milhões de MEIs registrados no estado de São Paulo, com cerca de 84 mil novos registros mensais nos últimos 12 meses.

Plataformas digitais – Os dados indicam ainda que o trabalho por meio de aplicativos segue em expansão, com 728 mil pessoas atuando em plataformas digitais no estado em 2022. Desse total, 243 mil são motoristas de aplicativos, 221 mil trabalham com entregas, 189 mil em plataformas de comércio eletrônico e 73 mil prestam serviços gerais.

Esse fenômeno também pressiona o mercado formal. O rendimento médio dos trabalhadores industriais é de R$ 4.443,00, contra R$ 3.998,00 nas plataformas. A jornada semanal é semelhante: 45 horas na indústria e 46 nas plataformas. A idade média dos trabalhadores também é equivalente, em torno de 39 anos.

“A indústria compete diretamente com as plataformas, que oferecem flexibilidade e, muitas vezes, rendimentos semelhantes”, explicou Marcello Souza.

Conectar ensino e trabalho – Para ele, o programa de aprendizagem do Senai-SP é uma estratégia eficiente para atrair jovens. A participação de aprendizes em ocupações administrativas, por exemplo, saltou de 16% em 2016 para 54% em 2024. Atualmente, 63% dos egressos do Senai estão empregados no mercado formal, enquanto 6% se tornaram microempreendedores.

“Isso significa que 69% estão conectados ao mercado de trabalho formal, um índice muito próximo da média do estado de São Paulo”, afirmou. Ele defendeu que um dos principais caminhos para enfrentar o problema é aumentar a conexão entre as instituições de ensino e as empresas, fortalecendo programas de formação que estejam alinhados com as demandas atuais do mercado.

“Conexão é a palavra-chave. Precisamos garantir que nossos alunos estejam preparados e que consigam enxergar na indústria uma carreira atrativa e viável”, reforçou. Além disso, Souza ressaltou que as empresas precisarão investir cada vez mais em programas de bem-estar, qualidade de vida e desenvolvimento humano como estratégia para retenção de talentos.

Fonte: FIESP


 
                 
O SINDICATO
Palavra do Presidente
Histórico
Certidão Sindical
Categorias
Missão
Base Territorial
Data Base
Editais
 
JURÍDICO
Serviços
Homologação
Central de Atendimento
 
PARA ASSOCIADOS
Benefícios
Sorteios
Galeria de Fotos
Notícias
Informativos
Dia das Crianças
Material Escolar
 
PARA EMPRESA
Cadastre-se
Contribuições
Convenções e Acordos
 
CONTATO
Sedes
Fale Conosco
Disk Denúncia
 
 
 
2013 © Todos os direitos reservados